quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Eu sabia mas...

Desde sempre ouvi dizer que não se pode entrar em curva, com alguma inclinação, com o motor desengatado. Chegou a vez de confirmar a razão. Na entrada para a variante, naquela que é a curva mais lenta da pista do Estoril, apercebi-me que a primeira velocidade não engatou, tentei uma segunda vez já com a moto a iniciar a transição para o lado esquerdo, e voltou a não entrar. Preferi continuar a travar e fazer a esquerda devagar, em ponto morto, para não desequilibrar a traseira caso eventualmente a velocidade engrenasse. Essa decisão originou a tempestade perfeita. Ao entrar desengatado a traseira fica mais solta, perde aderência e a frente comporta-se de forma distinta em travagem. Em resultado disso a roda dianteira escorregou e eu caí de forma pesada sobre o ombro esquerdo. Nunca, mas nunca mais repito a façanha, é melhor travar e ir em frente! Os ossos partidos e todas as complicações posteriores, a vários níveis, não vão deixar de mo lembrar!


sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Triumph Street Triple RS

A Street Triple apresentada em 2019 é um valor seguro na gama Triumph, contando já com 12 anos de existência. Ciclisticamente não sofreu alterações, o que era muito bom assim continua. O Ohlins STX 40 na traseira, a Showa na dianteira e as pinças Brembo M50 com discos de 300 mm na frente são a garantia de elevado nível de qualidade, mas a Triumph não se ficou por aqui e conseguiu elevar o conjunto a um novo patamar de eficácia de comportamento, afinando a intervenção do ABS, do controlo de tracção e através da montagem dos novos Pirelli Supercorsa SP V3.
A maior alteração aconteceu no motor. As árvores de cames foram revistas no acionamento das válvulas de escape, as condutas de admissão foram retocadas e elementos como a cambota e a embraiagem melhoraram o seu equilíbrio, contribuindo para um funcionamento mais suave do motor. Com tudo isto o tricilíndrico apresenta agora um rendimento em médias muito superior, com um ganho entre as 5.500 rpm e as 10.500 apreciável, desaparecendo até a inflexão existente às 8.000 rpm. O valor máximo de 123 cv às 11.700 rpm mantém-se, cortando já perto das 13.000 rpm, mas onde realmente é importante está mais forte e progressivo! A única limitação, e que permanentemente nos chama atenção de que estamos por nossa conta e risco, é proveniente dos pousa pés, que insistem em arrastar pelo chão, obrigando a adoptar trajectórias ligeiramente distintas das possíveis numa superdesportiva. Esta RS é eficaz e divertida em pista, fácil, intuitiva e segura em estrada, leve e disponível em cidade. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Sessão fotográfica

Um dos momentos mais importantes para uma marca de motos aquando da apresentação mundial de um modelo à imprensa é o que diz respeito à sessão fotográfica com os jornalistas. O que aparece publicado deve ser capaz de impressionar o leitor, sendo fundamental para ilustrar as palavras de quem a testou. Neste caso as regra eram simples, não nos aproximarmos a menos de um metro da moto que levava a câmara, cumprir a nossa linha de trajectória e não nos preocuparmos com o piloto de SBK que nos seguia (neste caso Michael van der Mark), já que seria ele a escolher o momento para se aproximar.